DIFICULDADE DE SOBREVIVÊNCIA:
Classe 5
- {$one}
- {$two}
- Entidade Poderosa

A floresta no Nível 32.
Descrição:
O Nível 32 é uma floresta sempre escura que se estende infinitamente sob o olhar sem olhos de uma lua crescente e um céu sem estrelas. Pendurados nas árvores que compõem o nível estão vários esqueletos, seus ossos pálidos brilhando sob a luz da lua, clamando ao vento. Alguns dizem que conseguem ouvir os esqueletos falando. Algumas vezes falam de suas vidas anteriores ou de profecias ainda por vir. Ou talvez seja simplesmente o vento assobiando através de seus crânios, criando a ilusão de que alguma vida ainda existe por trás de seus olhos mortos.

A Belle.
Além dos esqueletos, apenas uma única entidade percorre o nível; uma em duas formas. Sua primeira forma é A Belle, uma mulher pálida de cabelo preto que aparece com um vestido vitoriano longo e alaranjado e uma pintura facial esquelética. A Belle não fala, mas ela acena aos viajantes para segui-la como uma sereia atraindo sua presa. Se os viajantes a perseguirem até que a percam de vista, rapidamente se depararão com sua outra forma, A Rainha Esqueleto.
A Rainha Esqueleto é uma figura esquelética alta que veste um vestido preto esfarrapado. Ela é uma criatura poderosa e parece ter um controle quase completo sobre seu domínio. Se você a tratar com respeito, ela pode deixá-lo ir, mas se não o fizer, ela ordenará às árvores que o rasgue membro por membro em um segundo. Ou pior, ela pode brincar com você, deixando-o correr, deixando-o pensar que você tem uma chance de escapar até que você não possa mais correr e ela força o próprio chão a engolir você, não deixando um único osso em seu rastro.
Entradas e Saídas:
Ninguém sabe ao certo como entrar no Nível 32. Parece que tudo o que é preciso para entrar é se perder em uma floresta escura. Alguns sobreviventes chegaram até a dizer que chegaram no nível diretamente das Frontrooms. O que sabemos é que uma vez que você vê os esqueletos pendurados nas árvores, não há saída até que você encontre a própria Rainha Esqueleto, e nesse ponto, seu destino está nas mãos dela.
Aqueles que foram libertados pela Rainha Esqueleto se encontram acordando em outra floresta das Backrooms como se tudo o que tinham passado fosse apenas um pesadelo.
Mas não é um sonho.
Um único viajante viaja por uma floresta nebulosa, procurando o domínio da Rainha Esqueleto. Ela não é a primeira a procurar intencionalmente a floresta abandonada, mas muito poucos vieram antes dela, pois ninguém em seu perfeito juízo arriscaria um destino como aqueles que caíram nas garras da Rainha Esqueleto.
Talvez ela não esteja em seu perfeito juízo. Talvez seja isso que lhe permita continuar. Ela é forjada com dor; lágrimas perpétuas correm por suas bochechas porque ela não pode escapar da memória daquele sem o qual ela não pode viver.
Ou talvez ela esteja em seu perfeito juízo. A perda do amor de sua vida serviu apenas para fazê-la entender onde realmente estão suas prioridades. Para fazê-la perceber que há coisas mais importantes do que sua curta, curta vida. Algumas pessoas são mais importantes para ela do que ela mesma.
Ela vê um esqueleto pendurado na árvore na sua frente. Como a primeira estrela a marcar o crepúsculo, a ela rapidamente se junta mais. Centenas de esqueletos forrando as árvores dentro de sua visão. Ela continua sua caminhada.
Um suave estalar de folhas a desperta de seu transe ao ver uma figura com um vestido laranja à sua frente. A figura vira e corre para a noite. Ela segue até que a figura esteja fora de vista e se prepara para o encontro que está prestes a começar.
"Ah, uma mártir", diz uma voz profunda e feminina que vem da boca de um esqueleto acamado que se sobrepõe a ela.
Ela se ajoelha, sabendo que deve ter muito cuidado se não quiser morrer sem conseguir o que quer.
"Que respeitosa", chama a Rainha Esqueleto. "Diga-me, você consegue ouvir o que os homens nas árvores estão cantando?"
Uma pergunta estranha. Ela escuta com atenção, mas ouve apenas o vento assobiando através dos galhos. Ela tenta se levantar, mas descobre que não pode se mover de sua posse propensa, a Rainha Esqueleto a mantém no lugar enquanto espera por uma resposta.
"N-ão", ela se engasga. "O q-ue estão eles dizendo?"
"Eles contam histórias de deuses mortos voltando à vida, de imperatrizes caindo, de rasgos e lágrimas no tecido que conecta nosso mundo com o próximo. E o anterior. Eles falam de uma nova era. Uma extinção e um renascimento, mas você não se importa com nada disso, não é mesmo?".
Ela acena silenciosamente, finalmente autorizada a ficar de pé.
"Então por que está aqui?" pergunta a Rainha.
"Eu quero fazer uma troca. Pela vida de outro".
A Rainha ri.
"E o que, oradora, você tem para trocar?"
"Minha própria vida". Não só a minha vida, mas a minha alma".
"Estou escutando".
"Se você trouxer meu amor de volta à vida, eu lhe darei tanto minha vida quanto minha alma, e eu a servirei nesta vida e na próxima".
"Amor. É claro. O amor nos obriga a fazer coisas tolas, não é verdade? E ainda assim, eu estive em seu lugar uma vez, há muito tempo. Uma memória distante. Por isso, vou atender seu pedido".
"Obrigada".
E enquanto as raízes se levantam do chão para puxá-la para baixo, caminho do mundo, outra garra sai de uma cova rasa. Uma vela, uma apagada, é reacesa enquanto sua alma é ligada à massa nodosa de terra e raízes que compõem este plano. Enterrando-a na escuridão da infinitude.
E, pela primeira vez desde sua morte, ela está feliz.