As luzes brilham intensamente em seus olhos. Ela quer fechá-los desesperadamente, para se esconder do brilho, mas ela sabe que esta é sua última chance de ver, a última vez que a luz entrará nela enquanto ela vive. Então ela o abraça, enfrentando corajosamente o brilho.
Ela pode sentir a umidade na parte interna do cotovelo devido a uma limpeza séptica. Que gentileza da parte deles garantir que ela não pegue uma infecção enquanto injetam veneno em suas veias. Que atencioso. Seria quase engraçado se não estivesse acontecendo com ela.
Uma voz distante pede a ela sua declaração final, mas o que isso importa? Quem resta para ouvi-lo? Quem resta para cuidar?
"Estou pronta, diretor" é tudo o que ela diz, mas isso é mesmo verdade?
Sem dizer uma palavra, ele pega a agulha.
Só uma pequena picada no braço. Mais leve do que o esperado. Isso é tudo? É isso? Ela pode sentir os produtos químicos escorrendo por ela enquanto pensa em seus pensamentos finais. Os arrependimentos desaparecem de sua mente enquanto ela lentamente afunda na inconsciência. Tudo acabará em breve. A dor. Os pensamentos. As memórias. Tudo vai acabar.
Eles preparam a segunda agulha, mas ela já se foi há muito tempo.
Ela caminha para a luz. Uma única dançarina voa ao seu redor enquanto as sombras fluem diante de seus olhos. Ela se pergunta se está sonhando.
Um tiro marca o crescendo de uma sinfonia que ela não consegue ouvir quando acorda no chão frio e escuro, o braço ainda doendo da injeção letal que aconteceu duas horas antes.
"O-alô?" Ninguém responde.
Ela está viva? Ou isso é um inferno?
Ela sente sobre a parede de pedra fria em busca de algo; ela não sabe o quê.
Uma chama ganha vida e ela finalmente pode ver.
Uma nova célula. Novas barras. Vida nova. Seu cativeiro ainda não acabou.
DIFICULDADE DE SOBREVIVÊNCIA:
Classe 0
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Um corredor dentro da penitenciária.
O nível 448 consiste em uma grande ilha contendo apenas um único edifício que parece do lado de fora ser uma grande penitenciária de pedra, semelhante às construídas no final do século XIX ou início do século XX. A ilha ao redor é coberta apenas por grama morta que se espalha até a costa. O céu do nível é sempre de um azul profundo e contém estrelas, bem como uma lua semelhante à da Terra.
Ao redor da ilha, um mar claro cobre um fundo marrom e lamacento que fica apenas alguns metros abaixo do nível da água. Essa água em si possui a estranha qualidade de desaparecer lentamente quanto mais longe você se afasta da ilha, a ponto de as partes mais exploradas do nível consistirem simplesmente em uma planície de terra úmida que se estende até onde a vista alcança.
A prisão é muito maior por dentro do que por fora e pode até ser infinita. Os corredores de pedra são preenchidos por várias celas vazias, as tochas e luzes que adornam, as paredes piscam inesperadamente, e muitas vezes as sombras podem ser vistas nos cantos dos quartos vazios; houve até alguns relatos de sangue vazando das paredes. Não há entidades conhecidas no nível, mas os andarilhos frequentemente relatam ouvir sons altos vindo das paredes em intervalos irregulares.
Bases, Postos Avançados e Comunidades
Não há bases, postos avançados ou comunidades neste nível devido à falta de recursos naturais.
Entradas e saídas
Entradas
- Nadar no oceano do nível 97 às vezes leva os andarilhos à costa da ilha por meios desconhecidos.
- Certos caminhos no nível 39 levam às planícies de terra externas.
Saídas
- Sabe-se que buracos encontrados nas planícies de terra levam ao nível 377.
- Certas portas encontradas dentro da penitenciária levam ao nível 155.
Outra sombra passa por sua cela. Ela os chama, mas eles não parecem notar. Ela bate nas grades e grita, esperando que a libertem, mas eles continuam andando. Ela bate com a cabeça na parede de pedra em frustração e seu sangue começa a jorrar. Ela estremece de dor, mas sabe que não vai morrer. Ela já tentou antes; o nível não vai deixá-la. Ela jura que viu a sombra olhar para ela, mas tudo o que eles veem é o sangue dela se acumulando no chão abaixo dela.